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São Paulo (Brasil). Ainda não foi desta vez que uma terceira via conseguiu derrubar a polarização que ao longo de duas décadas toma conta do cenário da política nacional brasileira.
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São Paulo (Brasil). Ainda não foi desta vez que uma terceira via conseguiu derrubar a polarização que ao longo de duas décadas toma conta do cenário da política nacional brasileira.
Contabilizados os votos da eleição para presidente da República, as urnas sacramentaram, no domingo, 5, um segundo turno opondo os dois rivais de sempre: Partido dos Trabalhadores (PT), da presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, (41,59%% dos votos) e Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com Aécio Neves (33,54%%) como candidato. Marina Silva, candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que se propunha a ser o agente de ruptura da histórica polarização não resistiu aos ataques de seus adversários nos últimos 15 dias de campanha e saiu das urnas na terceira colocação com 21,3% dos votos.
Por conta desse quadro, no dia 26 de outubro, 142 milhões decidirão se o Gigante Tropical continuará sendo governado por mais quatro anos pelo PT, no poder desde 2003, ou voltará a ser comandado por um social-democrata, como aconteceu no período de 1995-2002.
Dilma e Aécio sabem que, para alcançar a vitória, dependem dos 22 milhões de votos dados a Marina. O problema é que no Brasil a transferência de votos sob o comando de um líder partidário é algo raro.
Mesmo assim, Andrea Matarazzo, embaixador do Brasil em Roma (2001-2002) durante o governo do presidente social-democrata Fernando Henrique Cardoso e atual coordenador da campanha de Aécio Neves na cidade de São Paulo (onde votam quase 9 milhões de pessoas) acredita que os resultados das urnas deixam um claro sinal: “O sentimento expresso pelos eleitores é de mudança”, afirma Matarazzo, lembrando que a soma de votos de Aécio e marina é bem superior aos votos recebidos por Dilma. Nesse caso, mudar significa a cristalização do voto antipetista levando Aécio Neves à vitória.
“La Rousseff”, por sua vez, acredita que os eleitores de Marina vão para o segundo turno divididos entre o apoio à sua reeleição e o voto numa candidatura de oposição. “Vamos ter mais uma vez no Brasil dois projetos se confrontando”, disse Dilma, ressaltando que não serão comparados apenas programas de governo, mas “governos concretos que comandaram o país”.
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::autore_::de Eduardo Fiora::/autore_:: ::cck::143::/cck::